sexta-feira, 26 de julho de 2013

Pézinhos!


Estive uns dias sem ti, sem o teu pézinho entrelaçado no meu.
Os dias passaram mas não tão bem como quando chegas  e ao fechar a porta te ris, dás as tuas gargalhadas com as minhas calinadas, o beijinho antes de adormecer,  o teu pé a entrelaçar no meu já meios ensonados e o acordar a meio da noite em que te invejo a dormir num sono profundo.
Ainda ontem chegaste e hoje as saudades são as mesmas ou ainda mais!
Talvez porque te vi, porque já te tive ao pé de mim e parece que as horas passaram a correr e dou por mim a contar os minutos para te voltar a ver!
É bom termos assim uns dias de férias para voltarmos a ter ainda mais destas saudades tão boas!
Saudades que nos fazem estar ainda mais agarradinhos!

Se eu podia viver todos os dias sem ti?
Poder até podia mas sem dúvida que para além de não o querer não era a mesma coisa!

Até já! J

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Um ou Dois?


- Um ou dois?
- Se dás um, dá sempre um!



Fui educada e cresci a dar um beijinho. Adquiri como hábito que o normal é dar apenas um e só um beijinho.
A minha avó costumava reclamar, não com o número de beijinhos que achava ser causa das novelas brasileiras mas com a forma como este era dado. Não suportava receber beijinhos de pessoas despenteadas, pois não tinha que estar a dar beijinhos em cabelo mas sim nas caras. O dar um beijinho não era apenas encostar a cara à outra pessoa, era dar um beijinho com os beiços na boceja.
Hoje percebo-a e cada vez que estou despenteada e vou falar a alguém parece que toca um sino de alerta na minha cabeça e automaticamente dou por mim a verificar rapidamente se tenho ou não cabelos à frente da cara! Da mesma maneira que reparo imenso na forma como as pessoas me dão um beijinho e sem se aperceberem me dizem logo tanto ou tão pouco delas.

Não sei se sempre existiram pessoas a darem um beijinho e outras dois, não faço ideia se os dois beijinhos surgiram de uma moda trazida pelas novelas brasileiras ou  por antepassados que já o faziam. Não sei e nem tenho muito interesse em pesquisar sobre isso porque não é isso que me define. Não é isso que torna os amigos que tenho que dão dois beijinhos melhores ou piores dos que dão apenas um!
Interessa-me o interior, o fundo, a essência das pessoas!

- Um ou dois?

Independentemente de saber que dou um beijinho porque é a minha educação não consigo deixar de ter consideração por quem sei que poderá dar dois.
A possibilidade de existir o momento em que poderei deixar alguém que me quer cumprimentar pendurado deixa-me nervosa. Ver o incómodo do outro com a cara disparada em modo looping para voltar ao sítio rapidamente, ao mesmo tempo que tento apanhar o fim do looping para dar o segundo e salvar o embaraço mas que muitas das vezes acaba por resultar em desencontros, caras coradas, e um embaraço ainda maior! 
Apoquenta-me a sensação de causar desconforto àquela pessoa e apenas por um beijinho elementar, o do “Olá”!

- Um ou dois?
- Se dás um, dá sempre um!

Não consigo concordar com esta resposta! Cada um tem o direito de se afirmar e manter uma determinada postura e costumes mas será incorreto e estaremos a fugir tanto à nossa essência, se nestas circunstâncias em vez de um dermos dois?

Afinal, cada um de nós vale pelo seu interior, pela sua integridade, pelos seus valores e princípios e não será a pequena distância entre um beijinho e dois beijinhos que nos tornará melhores ou piores!

- Um ou dois?
- Dá os que quiseres e recebe aqueles com que te sentires bem, nunca deixes é de dar!

Resumindo e baralhando, sei que dou um beijinho mas não me importo de dar e receber o dobro do meu normal se isso fizer com que alguém chegue, permaneça e saia de ao pé de mim melhor e mais feliz sem loopings.

O resto?

Madre Teresa de Calcutá responde-nos:

"- Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las."

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Tu ou Eu?







Tenho claramente um medo enorme do abandono!
Abandono e não perda, pois acredito que nunca perdemos ninguém, temos abandonos que nos separam por muito ou pouco tempo mas que renascem num reencontro algures por onde ainda ninguém sabe.
E por isso digo que tenho este medo de deixar de ter perto aqueles que tanto adoro e preciso junto a mim para me sentir tranquila e segura!
Aqueles, que fazem com que a eterna procura da felicidade seja mais divertida e o caminho até lá mais curto!
Medo de, como serei sem eles? Como me tornarei sem ti? Voltarei a sorrir de beiços rasgados? As coisas que sinto e vivo hoje continuarão a ter sentido? Terei ainda mais forças?
Tenho pânico! São algumas as vezes em que choro por vocês e vocês ainda cá estão! 
Sem dúvida, também será um sinal de maluqueira mas é a verdade, choro pela angústia e fobia que sinto só de imaginar esse dia a chegar.
Por isto ou por aquilo, é assim que sou! Há quem tenha fobia de cobras, larvas etc a minha a fobia  é perder aqueles que amo!
Sendo eu assim, em conversa com aquele amo ao quadrado, perguntei:
-"Preferes que sejas tu ou eu a partir primeiro?
-“Tu! Odiava saber que ias ficar cá a sofrer ,por isso, prefiro ficar cá eu a aguentar o sofrimento e não tu!"
Mergulhei no silêncio mais bonito que alguma vez me proporcionaram!

O amor tem diversas e milhentas formas de se exprimir e podia escrever um texto enorme baseado nesta frase e na complexidade de sentimentos que carrega, mas acho que me fico por aqui...

É bom amar e ser amado!
A partida dos que adoro e o medo dela fazem parte de mim mas como não somos nós que a controlamos, como não nos é dada a hipotese de escolher como e quando, a maioria dos dias não penso nisso e vivo a valorizar quem tenho perto e amo, porque o amanhã... só Deus sabe!