quarta-feira, 5 de junho de 2013

Sejam Brancas de Neve!


Cada vez gosto mais de me rir e estar no sossegado e tranquilidade da companhia de um sorriso.
A vontade de estar com caras pouco dadas a expressões alegres e vivas é cada vez menor. Corpos que apenas estão, olhos que tudo apalpam sem pestanejar,  palavras ditas e tão sem nada que um leve suspiro as leva, corações simplesmente ausentes e desprendidos de compaixão...
Tal como a crise fomenta a criação de novas ideias, a pobreza de espírito faz sobressair as mentes pequenas! Acredito que em muitos casos sejam resultado de autoestimas frágeis e comprometedoras, faltas de segurança que lentamente fazem cair a personalidade tal como se deixa cair uma concha à beira mar.
Ali, ficam sentados na areia o seu dono acompanhado pelo vazio de ver parte de si ser arrastada num vai vem repetido, acabando por desaparecer nas profundezas do mar.
Nesse instante não foi apenas a personalidade que se deixou levar e se afundou nas águas de um dos oceanos.
O dono dela perdeu-se, anulou-se e deixou de Ser! Abdicou inteiramente de si e do que para além do aspeto exterior o distingue dos outros! Abandonou aquilo que o poderia tornar melhor ou pior, mas tornar! Preferiu a certeza de um lugar sentado na areia a correr o risco de molhar os pés em águas frias e desconhecidas e passou assim, a tentar ser ou parecer mero projeto de alguma coisa.
Projeto de homen, projeto de mulher, projeto dos outros que mexem nele como uma marionete, projeto de sentimentos mas apenas aqueles que lhe permitem sentir.
É mais fácil doar a personalidade! Torna-se simples fugir da responsabilidade, escapar a tomadas de decisão e críticas.

Cada vez que nos deixamos levar pela maré somos apenas espelhos. Refletimos pensamentos, ideias e maneiras de estar de quem permitimos que se veja em nós e em nós tem uma sombra!
Mentes curtas e castradoras que continuam prisioneiras do espelho da bruxa má! O espelho da inveja, do superficial, banal e insignificante!
Em pequenas e esporádicas atitudes que se tornam grandes, consegue-se ver tal como numa loja os espelhos de qualidade e aqueles que já passaram por paredes de outras casas e trazem neles reflexos e histórias de outros tetos!

Felizmente nem todas as personalidades se deixam levar pela maré! Nem todos temos feitio para sermos espelhos! Mesmo correndo o risco de trincar uma maça envenenada há quem continue a viver dentro dos seus objetivos, ideais e valores. Afinal, apenas aqueles revestidos de personalidade é que têm a capacidade de se adaptar, de serem versáteis e abertos a situações novas.

Somos únicos, somos especiais e espetaculares, somos ímpares e extraordinariamente bons para sermos sombras e espelhos de outros!

Sejam Brancas de Neve! Arrisquem seguir os vossos valores e tenham atitude!
Só assim conseguirão experimentar a maçã envenenada e conhecer o Príncipe Encantado!