sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

"O homem da minha vida? Não era este..."








Há algum tempo atrás escrevi o texto “ A mulher da minha vida? Deixei-a ir…” sobre os homens que perdem as mulheres da sua vida.
Alguns homens concordaram com o que foi escrito e na altura um amigo desafiou-me a escrever sobre quando as mulheres perdem o homem da sua vida.

É mais complicado escrever sobre as mulheres porque em termos de sentimentos e comportamentos somos bem mais complexas do que os homens. Falamos entre linhas, amuamos, se não perguntam o que queremos e como queremos é discussão quase certa, pensamos nas razões, somos inseguras e queremos bem mais mimo que eles.
Somos bastante “complicadas” mas quando adoramos e amamos é rara a coisa que não fazemos por aquele que acreditamos ser o homem da nossa vida. Damos a volta ao mundo e lutamos contra o universo caso seja preciso.
Quando o sexto sentindo diz que o “nós” está a cair e a nascer um “tu” e “eu”, cuidado com as mulheres!
Não somos de ficar a ver o filme passar, tornamo-nos logo personagens e fazemos de tudo para voltar a ter o papel principal, estarmos presentes na cena final onde há um beijo e o pé se levanta!
Viramos mineiras e picamos o suposto homem da nossa vida com “Porquês?”, ”Passa-se alguma coisa?” "Fala comigo!”,  “Explica-te!”, “Preciso de saber as razões!”, “Porque é que não falas?“
Procuramos todas as respostas, tentamos estar mais vezes até sentirmos que afinal o sexto sentido não existe e podemos voltar a estar seguras.
Entre altos e baixos, mensagens enviadas, conversas tidas, medos constantes e discussões patentes há o dia em que o Principe nos diz que NÃO! Não dá e desta vez não dá mesmo!
Acham que pelos homens nos dizerem isso desistimos?
Mulher nunca desiste daquilo em que acredita! Não larga sonhos e sentimentos só porque é dito um não com razões que facilmente se um “nós” quiser são alteráveis. O sonho não pode acabar assim, o coração não perde assim os sentimentos, existem planos, há monotonias, ligações, amigos em comum, sonhos por realizar em conjunto!
As mulheres lutam até à ultima força e até esgotarem todas as possibilidades! Há sempre imensos “mas”, “e se tentarmos”, “vai ser diferente”…
Todo o lutador quebra nalgum momento e mesmo que ache que não precisa o derradeiro descanso chega. O limite dos dias não felizes e noites mal dormidas, o sorriso que não surge logo pela manhã, o desgosto pelo telefone não tocar, as saudades da companhia e cumplicidade vai desaparecendo.
A luta termina.
O coração desiste. Aguentou sofrimento, lágrimas e soluços, discussões, instabilidade, altos e baixos…os batimentos esgotaram.
A razão faz o favor de clicar no botão “OFF” e o coração desgastado e cansado aceita o fim.
Fim esse que passado todo este processo é definitivo e quando este “OFF” é acionado a vida segue. Segue, não com a ideia de que se perdeu o Homem da vida mas que durante aquele tempo se esteve com alguém que pensámos ser o Principe Encantado. Os bons e maus momentos deixam marcas com a certeza de que foi uma relação em que o final seria " E foram quase felizes para sempre!"…As mulheres odeiam meios termos e "quase amar" não entra no vocabulário! Temos que sentir e viver!

As noites a dançar e copos bebidos voltam a ser para ondular o corpo , libertar energias e dar festas ao ego. As conversas e lanches entre amigas voltam a ser vividos com a intensidade antiga sem medo de não sorrir naturalmente e ofuscar tristeza. Aos poucos, a vontade de voltar a criar um novo cenário com um marido diferente, novos sonhos e projetos , essa vontade volta a surgir.
As mulheres poem toneladas de importância nos sentimentos e na maioria das vezes o orgulho vem depois destes e talvez por isso, depois de fazerem tudo pelo que sentem e nada resultar, a resposta tem mesmo de ser "Não"! E se este "não" surge é porque o homem da minha vida? Não era este...


PS: Cuidado homens!! Há mulheres em que o "OFF" nunca é clicado, o coração está treinado para uma vida de luta e adoram ter um regador por perto...e quando assim é...danou-se!




quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Chinês ou Japonês?

Ontem recebi uma mensagem com palavras simpáticas sobre o texto "Conheço-te ou Amigo-te?", e que terminava com a pergunta:
"- Sou conhecido ou amigo?"

Como estou em dieta e durante a semana sonho com o dia da asneira a tua resposta vai tender para a gastronomia.

Chinês ou Japonês?

Gosto imenso dos dois, estou proibida de almoçar ou jantar em qualquer um deles durante a semana pois ambos engordam.
Sábado, dia da asneira, entre um chinês e um japonês o que é que escolho?

O sushi!

É cru, sem grandes fritos, sem grandes temperos e molhos. Como se apresenta é como é, não engana muito. Posso ter uma surpresa que se for num restaurante de sushi de qualidade normalmente serei surpreendida pela positiva mas caso não o seja, o geral é tão extraordinário que as pupilas gustativas perdoam os enganos.
Os meus amigos são como o sushi, não me enganam e como faço parte dos seus ingredientes sei o que cozinham, quer o prato seja bom ou mau. Quando é bom tudo corre bem caso seja mau tratamos de pôr ordem na cozinha para nos certificarmos que da próxima será melhor.
Não levamos reclamações para casa, escrevemos sempre que necessário porque só assim podemos crescer juntos e unidos. Só assim ultrapassamos e corrigimos erros que nos farão chegar ao topo.
Evitamos molhos extra a soja, não precisamos de parecer ultra e os paladares que oferecemos bastam-nos.
Gostamos do sabor de cada peça tal e qual como se apresenta e se o sabor de alguma der discussões, gargalhadas e silêncios, gozamos o momento e lidamos com cada um à sua maneira. Vistos à distância se forem tratados com respeito todos esses momentos serão maravilhosos pelo que nos fizeram crescer, pelo que nos uniram, pelo rasto que deixaram.
Podemos não saber pegar todos nos pauzinhos da mesma forma mas sabemos que mais importante que os pauzinhos é rir do wasabi a mais e beiços inchados, da peça que se desfaz e grãos de arroz desfeitos na soja.
Os amigos são sushi, peças mais ou menos perfeitas, concebidas à nossa frente e são estas peças que nos fazem ansiar pelo dia da asneira e gozá-lo tão bem que todas as nossas pupilas gustativas explodem.

O crepe!

Tem coisas ótimas daquelas que quando estamos em dieta rígida nos apetece mesmo: fritos, fritos fritos, óleo, óleo, óleo, molho agridoce e os crepes logo de entrada! É sempre agradável ir ao Chinês mas quando saímos nunca sabemos se comemos Pato à Pequim ou Gato à Ruas de Lisboa.
Penso que não há muito mais a dizer sobre os conhecidos, são tal e qual como o Chinês. Sabemos onde estão os bons e simpáticos que nos oferecem uma lembrança e nos fazem rir com o “tleze” mas trazemos connosco uma misturada de sabores oriundos de uma cozinha que não vemos, não sabemos quem é o chefe que em segundos prepara e põe nas mesas vários pratos sem ouvirmos o click do microondas.

Chinês ou Japonês?

Aprecio bastante os dois mas como gosto de saber com o que contar e valorizo a transparência nas coisas simples da vida, sem dúvida que escolho Japonês! Japonês! Japonês!
É complicado depois de provarmos um sushi extraordinário irmos a um menos bom. E, após ganharmos hábitos de vida saudável menos apetecível se torna ir a um chinês.

Aparentemente todos têm os olhos em bico, as semelhanças físicas entre Chinês e Japonês existem mas quando entramos em cada um deles a diferença de conteúdo é abismal!
Não podemos querer almoçar chinês num sushi nem sushi num chinês. Não dá para comer um crepe e avaliar como se fosse sashimi e, caso isso acontença, é sinal que devemos tentar um bitoque à Portuguesa para relembrar as origens e dar valor ao que realmente interessa!


Mais importante do que a resposta à tua pergunta penso que é sabermos quem e o que somos, depois disto é fácil percebermos onde preferimos ir jantar, seguirmos a nossa vida sabendo que nem todos preferem sushi, por isso, pergunto-te:

- És chinês ou Sushi?

Eu sei e sempre hei-de saber o que sou para ti. ;)




segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Conheço-te ou Amigo-te?

Em pequenos entramos na escola, apresentam-nos e obrigam-nos a estar na mesma sala com outros pequenos como nós.
Desses pequenos alguns gozam connosco, uns partilham o lanche e são poucos os que nos dão a mão!
Os anos passam, as noitadas começam, o tabaco experimenta-se, dão-se os primeiros beijos começam as curtes e namoricos.
Muitos vão oferecer copos, outros dançar e são alguns os que vão dar a mão na ressaca!
Cursos terminam, horas a fios de trabalho começam e os namoricos passam a ser namoros.
Alguns acompanham, outros afastam-se e são poucos aqueles que quando realmente é preciso estão lá! Não vão apenas, estão!
Surgem anéis, casamentos e bebés.
Ficam por perto os que já quase são família. 
São poucos? São muitos?
Sem dúvida que serão os que encherem os corações de alegria, que aliviem as dores e problemas e não serão causa destas. Serão os que viverem como amigos e não se sintam baralhados entre o: conheço-te ou amigo-te?
Entre os dedos das mãos passarão aqueles que apenas brincaram e gozaram em pequenos, ofereceram copos em idade de experimentar tabaco e dançaram entre músicas, tal e qual como estiveram nos momentos cruciais, ao de leve e de passagem.

Conhecidos? Amigos?
Conhecidos, sem dúvida que todos temos muitos e ainda bem! 
É  bom e divertido conhecer pessoas, aumentam-nos a alma, altera e melhora o dia-a-dia!
Amigos, alguns e certamente os melhores!
É extraordinário cativar e deixarmo-nos cativar por conhecidos que se tornam amigos. 
Amigos que nos preenchem a alma, nos libertam e dão vida! 

Conheço-te ou Amigo-te?

Na incerteza do que já fomos, somos ou seremos, a vida tão querida vai-nos mostrando a diferença!