terça-feira, 26 de setembro de 2017

As marcas que vejo continuam ser só as vossas!

As marcas que vejo continuam a ser (só) as vossas!



Cresci a ver na praia as pegadas de quem sabia que me levava ao colo.
Fui tendo em mim, que não eram apenas um par de pegadas mas vários.
Durante o caminho, o vento sussurrou-me que nem todas as pegadas deixavam marca...
Durante o caminho, peixes voadores foram-me mostrando que nem tudo seria como eu via, e ainda assim optei por não ouvir.
Até que a tempestade chegou!
Sem eu querer, sem sequer pedir, o céu mostrou-me que os trovões e as chuvas facilmente levaram as pegadas mais leves.
As que achei que poderiam ficar e que sempre me segurariam...voaram com o vento, tão ou mais rápido que os grãos de areia.
A praia onde estamos pode não ser aquela que acreditámos ser, mas serve para sabermos que o nosso caminho deve evitar areias movediças.
Devemos ter o dobro da atenção quando entramos em águas pouco transparentes e,  perceber sempre quem nos segura e quem nos larga.
Depois disto, o caminho fica mais claro e leve.

Ficam as saudades das pegadas seguras e tão bem vincadas. Aquelas que faziam da areia cimento e eram marca firme de quem me pegava ao colo em todos os momentos.

As marcas que vejo continuam a ser (só) as vossas e essas, caia o céu ou expluda a terra, não me largam! <3 p="">